A Associação Brasileira de Odontologia-Seção São Paulo (ABO_SP), por meio do seu presidente, Dr. Mario Cappellette Jr., vem a público manifestar sua indignação e solidariedade aos profissionais da odontologia que prestam serviço em redes de clínicas populares, onde são submetidos a condições precárias e decadentes de trabalho, colocando em risco a própria saúde e dos seus pacientes.
A situação desses odontologistas, relatada na reportagem “Limpei até privada’: dentistas de clínicas populares relatam precarização”, publicada hoje (10), na coluna TAB, do site UOL, são revoltantes e assustadoras, pois além de colocar em risco a integridade física, comprometem a saúde mental dos seus prestadores de serviço.
Para corroborar com a reportagem, cirurgiões-dentistas, alunos dos cursos de especialização na ABO_SP, contam que em suas jornadas nessas redes são obrigados a atender até 60 pacientes de ortodontia em um único dia. Um número exorbitante para esse tipo de procedimento, com uma remuneração irrisória ao final do dia; são proibidos de usar o banheiro; não podem atender os seus celulares. Um esquema de trabalho precário, muitas vezes insalubre, que desvaloriza o profissional e compromete o seu desempenho e a sua saúde.
É de extrema urgência que entidades reguladoras e fiscalizadoras como o Conselho Federal de Odontologia (CFO), Ministério do Trabalho e a Vigilância Sanitária tomem providências e punam com rigidez o descumprimento de leis que protegem o profissional e a segurança sanitária.
Apelo também à população que denuncie a precariedade dessas instalações aos órgãos competentes e fique atenta para as condições dos atendimentos, limpeza e segurança.
Mario Cappellette Jr.
Presidente da Associação Brasileira de Odontologia-Secção
São Paulo (ABO_SP)